Quando a hipocrisia e o descaso imperam
Amigos palpiteiros,
É com perplexidade que mais uma vez assistimos uma tragédia de conseqüências fatais, sem que ninguém fique verdadeiramente indignado.
O resultado desta tragédia é de conhecimento de todos, e creio que as causas também.
Infelizmente é grande a desconfiança de que os envolvidos (Governo do Estado, Fiscalização, Federação Baiana de Futebol e CBF) com o evento, no caso um jogo decisivo de futebol, provavelmente não sofrerão qualquer condenação por este crime.
Isto porque já temos exemplos de sobra neste tipo de situação, relembre Sérgio Naya, São Januário em 2000, buraco do Metrô, acidentes aéreos etc etc.
Agora o governador da Bahia diz que vai implodir o estádio pra fazer um novo. Brilhante. Agora.
Isso depois de o Ministério Público ter alertado e intimado a tomarem providências. Que não foram tomadas!
Aliás, e é aí que quero chegar, esse estádio está há 30 anos em estado precário, assim como os hospitais da Bahia, fruto do total abandono que o falecido imperador soteropolitano Antonio Carlos Magalhães - vulgo ACM legou aos seus eleitores.
Tristes cenas as que vimos do desabamento da arquibancada, matando gente humilde, essa mesma gente que chorou a morte de ACM, falsamente elevado a homem bom e gentil e que "muito fez pelo povo". Um verdadeiro vestal.
Era esse homem "bom" que, quando doente, vinha se tratar num dos melhores hospitais de São Paulo, porque não tinha nenhum de nível razoável em sua cidade ou em seu estado. Coisa que o povo não pode fazer.
E, levados pela exaltação da TV quando da morte de ACM, muita gente se compadeceu pela morte do "bom" velhinho.
Só espero que nenhum iluminado tenha a infeliz idéia de dar o nome de ACM a algum viaduto de São Paulo, assim como fizeram com seu filho Carlos Eduardo Magalhães, que acho nem conhecia a capital paulista.
Não à irresponsabilidade já! Não a estes bandidos de colarinho branco!
A sociedade deve pressionar para que todos sejam punidos pelos atos criminosos que praticam.
É isso.
Miguel Izidoro
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
Da tragédia baiana ao viaduto paulista
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