quinta-feira, 17 de julho de 2008

Curto & Grosso

O que é discriminação e o que é politicamente chato

Estadão condenado por anúncio de emprego

Querem impor até anúncio em jornal?!
Será que as empresas não são livres para escolher o que escrever num anúncio de emprego?

Estadão condenado por anúncio supostamente discriminatório
Os jornais Estado de São Paulo e Jornal da Tarde foram condenados por um Juiz por terem publicado anúncios de empregos "discriminatórios".

"O juiz do Trabalho Edson da Silva Júnior determinou que os jornais não publiquem anúncios de emprego ou estágio, através dos jornais, revistas ou por internet, com referências ao sexo, etnia, cor, raça, idade, aparência, religião, condições de saúde, situação familiar, estado de gravidez, opinião política, nacionalidade, origem, referência aos requisitos de "boa aparência" ou de "boa apresentação", solicitação de fotos que acompanhem o "curriculuim vitae" do candidato, limitação de idade e qualquer outra forma de discriminação."
As informações são dos sites Âmbito Jurídico e Portal Imprensa.

Politicamente insuportável
Beira o inacreditável ações como essas, que tendem a exacerbar os ânimos tanto de quem procura um profissional que se adeqüe às suas necessidades, quanto do profissional à procura de emprego.

PRECISA-SE
Como é possível proibir as empresas de declararem qual o perfil do profissional que procuram?
Discriminação e exageros à parte, não cabe a ninguém censurar esse tipo de coisa.

Divagando...
Imagine quantos candidatos apareceriam para um anúncio de emprego assim, ao gosto do juiz:
"PRECISA-SE DE PROFISSIONAL PARA ATENDIMENTO A CLIENTES"

A realidade...
Só que a empresa que publicou o suposto anúncio acima precisava de uma mulher jovem, que falesse inglês e japonês, para assessorar adolescentes japonesas que virão ao Brasil para um congresso sobre ginecologia.

Você decide
Faz sentido entrevistar algum homem para tal função? Seja ele branco, preto ou o que for? E o mesmo vale para "qualquer" mulher sem a qualificação exigida...

Objetividade sim; hipocrisia não
A empresa têm que direcionar precisamente o que necessita para sua atividade, para não perder tempo com triagens inúteis.

Politicamente enfadonho
Atitudes como essas do Juiz, são irritantes e só servem para acirrar animosidades!
Já encheu o saco esse tipo de frescura!

E para estivador?
O profissional para esta função deve ser forte o suficiente para suportar a carga, no duplo sentido, de trabalho.
Não faz sentido à essa empresa receber um sujeito franzino, de 45 quilos, 60 anos de idade, buscando a vaga. O cara vai morrer em 15 dias!...

E o resto?
Com tanta coisa precisando ser consertada neste país, esses caras ficam procurando pelo em ovo.
Por que não vão atrás do que interessa à sociedade?

É isso.
Miguel Izidoro

Um comentário:

Anônimo disse...

Grandes palpiteiros

parabéns pela escolha das matérias e pela forma como direcionam o assunto.
Com certeza, quem criou esse absurdo não trabalha em Recursos Humanos.

Eu mesma sou exemplo disso. Na fábrica do meu sogro, estávamos precisando de dois funcionários: uma recepcionista - MULHER e um HOMEM para trabalhar na mistura dos solventes. Liguei para o Estadão e eles pediram que eu modificasse o texto para adequar-se à nova legislação.

Imagino agora o que vou receber de CVs que irão para o lixo - ao mesmo tempo que eles crêem que estão abrindo o campo de trabalho, estão é criando falsas expectativas, aumentando os gastos com papel e correio e aumentando o volume de lixo.

grande beijo

selma