Faxineiro não será faxineiro

Como o politicamente correto torna a vida insuportável

Amigos palpiteiros,

Ouço no rádio que o Deputado (ai ai ai) Frank Aguiar é autor de um projeto que visa modificar a denominação "faxineiro" para "profissional de serviços de limpeza". É... isso mesmo que você leu...

Alega o infausto parlamentar querer, com essa medida, dar dignidade àqueles que executam serviços de limpeza. Eu não o coloquei lá!

Como assim, cara pálida?!

Conheço muitos faxineiros(as) e diria que todos, sem exceção, são dignos, honestos e trabalhadores. E não vejo neles sinais de que se sintam ofendidos quando assim são chamados.

Esse Frank (é esse mesmo o nome dele?!) Aguiar, que não sabe o que foi fazer na Câmara, arranjou neste assunto uma forma de se fazer notar e sair do limbo onde se encontra.

Deveria levar propostas que visassem melhorar as condições de trabalho e salários dos faxineiros, não vir com esta conversa boba e inútil do politicamente correto.

Aliás, esse assunto é de uma pobreza sem par. Passou a ser chique "defender" os pobres e oprimidos. É coisa de pseudo-intelectuais e sociólogos que nunca fizeram nada de produtivo e eficaz para melhorar condições sociais injustas geradas pela sociedade de consumo.
Querem mesmo é faturar com essas bandeiras.

Estão até querendo excluir do vernáculo tupiniquim palavras que eles julgam ofensivas. Enquanto isso os "ofendidos" passam fome e outras necessidades.

Quer dizer então que não posso mais chamar meu amigo Zé, que é faxineiro aqui do bairro de Negão? Nem de faxineiro??

O cara é querido por todos, e segundo o tal Frank (é esse mesmo o nome?) teremos que chamá-lo para o churrasco da galera assim?:

- Ô "afro-descendente-José-profissional-de-serviços-de-limpeza", amanhã tem churrasco lá em casa!
Francamente!!!...

Ô Frank!... recolha-se à sua mediocridade!

É isso.
Miguel Izidoro